LOCAL DO PRIMITIVO CAMPO DE FUTEBOL DA PIEDADE 1958/1977
Há quantos anos? Mais de cinquenta. Era menino e moço quando, o que era raro depois do mês de Setembro, minha mãe e meu pai nos levaram, a mim e a meus irmãos, de abalada até à Piedade, para a inauguração do Campo de Futebol, ali ao lado da Igreja, onde hoje se encontra a Escola Básica e que virá a dar lugar à nova escola básica (3º ciclo), agora já englobando os terrenos do antigo cemitério... poucos se lembrarão dele, com portão recuado ao lado da sacristia... Pois é, faz hoje anos e por mais que me tente lembrar não chego à data certa, mas lembro-me muito bem de que, de manhã, houve “bodo de leite” - quem diria vacas no mesmo local onde depois se iriam realizar dois jogos de futebol. Depois um jogo de futebol entre duas equipas de jogadores da Piedade e recordo que uma equipava de branco (seria já a pensar no Real Madrid do CR9? Julgo que não…) e tinha como guarda-redes um tal Moisés e a outra equipava à Benfica e tinha como guarda-redes o José Lima (ainda vivo). Julgo que os vermelhos ganharam...
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G.D. Piedade - campeao INATEL
Depois seguiu-se o jogo da inauguração “a sério” entre o CRP do Cais do Pico e o CRP das Lajes, saindo vencedora a equipa do Cais por 2-1 e aí ficaria célebre o slogan: “abaixo Vilas, acima Cais do Pico” por uma razão ponderosa, segundo o saudoso Sr. P. Francisco Soares, falecido subitamente em Agosto de 1963 e portanto esta inauguração ocorreu antes de 1962. Justificava ele que: a Junta Geral com o seu tractor de lagartas (sediado nos Serviços Agrícolas em São Roque) havia contribuído muito mais para a realização efectiva da obra, do que algumas (pouquíssimas) camionetas de bagaço que a Câmara das Lajes havia cedido, esta obra, diga-se em abono da verdade, era um marco histórico no desporto-futebol da ilha e ali serviu a juventude da Piedade até depois de 1976, onde lá fui jogar pela ultima vez, já com a camisola do Vitoria de São Roque, em jogo que ganhámos por 6-4 e lembro-me do guarda-redes da Piedade ser o Gil e do árbitro ter sido o Manuel Raulino Pereira Peixoto. Mas, voltando a esses recuados anos do fim da década de cinquenta, início da de sessenta, apenas existiam os campos de futebol das Lajes e do Cais do Pico e ainda não existia o da Madalena, no sítio atual. Depois quero realçar que, entre vários jogadores das Lajes, lembro-me do Francisco José Rodrigues Ferreira da Silva e do Leonel G. Moniz, julgo que este último é que marcou o tento de honra da equipa das Lajes. Na altura mal sabia eu que, muitos anos mais tarde, estaria hoje a viver na vila de São Roque e a desempenhar humildemente o cargo de presidente desse clube... Estórias que fazem HISTÓRIA.
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MATRIZ DE SÃO ROQUE PICO
Em tempo de Páscoa não ficará mal deixar uma nota, ainda que breve, sobre a maneira digna e quasi pomposa como decorreram as cerimónias litúrgicas na Matriz de São Roque, sob a orientação do Pároco P. Marco Gomes. Inovou-se com a disposição dos bancos todos virados, de ambos os lados, para uma mesa ao centro da Igreja, de alto a baixo, e que serviu de altar de celebração desde a 5ª feira santa ao Domingo da Ressurreição. Não houve outros atos exteriores, para além da procissão de ramos no domingo anterior, da Capela do Espírito Santo para a Matriz e da fogueira do lume novo no sábado de aleluia, no adro da Matriz.
Já nas Lajes onde assisti à Procissão da Ressurreição abrilhantada pela Filarmónica Liberdade Lajense esse domingo terminou com um Concerto com a Filarmónica Liberdade Lajense e a actuação do Grupo Coral das Lajes do Pico, como vem sem habitual na Sede da Filarmónica das Lajes.
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